02 de maio de 2018

Dentre os comentários dos meus amigos naquele desabafo que fiz pela rede social, uma pessoa que também passou recentemente pela experiência de aborto espontâneo, me incentivou a tentar aprender alguma coisa com essa dor.

Hoje fiquei pensando se há algo que possa chamar de aprendizado e que possa considerar como “positivo”.

Posso dizer que aprendi:

Que meu amor por meus filhos é eterno e incondicional. Independe de presença, convivência ou qualquer outra condição que pareça fazer sentido para os outros;

Que sou muito capaz de amar e meu coração é gigante, que amar nunca subtrai, só multiplica;

Que 7 semanas é tempo suficiente para criar fortes vínculos e modificar vidas;

Que não é possível mensurar a dor do outro. Que só o dono da dor sabe o quanto ela dói;

Que planejar é bom e importante, mas não é garantia de absolutamente nada;

Que “querer” nem sempre é “poder”;

Que nenhum ser humano tem controle sobre a vida;

Que os melhores médicos não são Deuses;

Que palavras podem machucar muito, mesmo quando esta não é a intenção de quem as profere;

Que um abraço ou um olhar podem dizer muito mais que mil palavras;

Que a vida continua e não espera o tempo que precisamos para cicatrizar nossas feridas;

Que ainda tenho muito a aprender.